Verdades do que eu sinto

Falei a noite inteira sobre as minhas dores e angustias e mesmo com sono e sabendo que no outro dia teria que acordar cedo, permaneceu e me escutou. Cuida de todas as minhas feridas, mas sempre as deixando aberta para que eu aprenda sozinha como fecha-las. Brigou, xingou, falou, aconselhou, se preocupou  e quando enxergou o buraco me segurou não  me deixando cair, mesmo que eu tenha  me machucado  eu agradeci. Já fomos à boates  que não nos agradou,  em show  sem ver a cantora, em clube sem saber nadar, em festas  pra se arrepender, mas de todas tiramos proveitos e rimos, rimos muito até chorar. Riu sem entender se quer uma palavra que eu tinha dito, apenas para não me deixar sem graça. Minha caixa de confiança, deposito todas as minhas alegrias, tristezas, ideias mais intimas. Fizemos planos e traçamos metas, mesmo que muitas não são as mesmas, sabemos que podemos  nos apoiar. É tudo bem simples, sem cobranças ou ciúmes, flui como o vento sem direção e no final sempre nos encontramos. “Agora que eu aprendi a  ver as coisas boas, não mudo mais”, essa é a sua frase de ordem, podem  lhe dar outra direção, vai sair buscando as flores mais coloridas pelo caminho e no final seus olhos  com lagrimas podem  lhe confundir  com choro, mas são apenas lagrimas de felicidades. De sorriso fácil, de olhos tímidos, de mente aberta, bom raciocínio, tom baixo, sem frescura, pele morena, cachos por fazer, um bom som e seu violão me fez uma musica.  Na matemática me ensina a somar, dividir e multiplicar o amor e assim diminuir  as tristezas, na musica  me ensina  a sonhar, me ensina como encontrar a felicidade, e como prova de que estou aprendendo  com seus ensinamentos  pode ver sempre um sorriso estampado no meu rosto.  Minha mãe me disse que a palavra amor só poderia ser dita a alguém  quando sentisse  o amor do outro, então eu não canso de lhe dizer “ Eu te amo minha amiga”. Você não é minha irmã de sangue, mas se um dia precisar eu dôo o meu pra você.